sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cine-Theatro Glória

Com pequena capacidade de acomodações, no dia 28 de fevereiro de 1929, inaugurava-se na rua Halfeld nº 615, exibindo “A dama das camélias” o Cine-Theatro Glória.

Instalado num prédio simples, com sacada, no local onde hoje está a Galeria Constância Valadares, que os rapazes iam toda semana assistir aos seriados e faroestes.

O cinema não tinha muito conforto, com suas cadeiras de madeira, mas era nele que a população se informava sobre a Segunda Guerra Mundial, assistindo cinejornais com notícias do conflito exibidos aos domingos numa sessão relâmpago, às 10 da manhã.

O proprietário do cinema era o Coronel Benjamim Guimarães.

O Cine-Theatro Glória também foi palco de diversas montagens teatrais como as de Procópio Ferreira, que fazia temporada de 15 dias na cidade, apresentando uma peça diferente a cada dia. A sala ficava sempre cheia. Numa dessas jornadas teatrais, um clássico do teatro brasileiro, a peça “As mãos de Eurídice”, ficou em cartaz uma semana no Glória.

Mas foram os faroestes que deixaram sua marca no cinema. Na época sua demolição, para a construção da atual galeria, a piada corrente era de que só o chumbo das balas, recolhido dos tiros trocados entre bandidos e mocinhos na tela, será suficiente para pagar o custo do terreno.