Juiz de Fora sempre foi uma cidade que respirou cultura. Desde o século XIX, já existiam espaços destinados às artes cênicas. Em 1863, é inaugurado o Teatro de Misericórdia, com apresentação do drama "Afonso III" ou "O valido Del-Rey", encenado pelo grupo de alunos do Colégio Roussin. Sete anos depois, a sociedade juizforana recebe o Teatro Perseverança. Também surge o São Sebastião, uma espécie de circo ou lona.
A pequena cidade da Zona da Mata Mineira começa a crescer e o Perseverança não mais consegue atender às necessidades. Resolve-se, então, construir uma casa de espetáculos grande e moderna. Nos últimos dias do Império, inaugura-se o Teatro Juiz de Fora ou Novelli, de propriedade de Alfredo Ferreira Lage. Com programação teatral variada, incluindo artistas locais e de outras localidades, Juiz de Fora passa a ser o grande centro cultural da época. Porém, a notícia de que o Novelli seria demolido por falta de condições de segurança e conforto, abala a população. Juiz de Fora, que já era um pólo industrial e um centro de cultura, ficaria sem teatro.A necessidade de um teatro era tamanha que, por iniciativa do coronel Jeremias Garcia, foi construído vasto edifício, todo de madeira, na esquina da rua São João com a av. Quinze de Novembro ( Getulio Vargas ), o qual fez época em Juiz de Fora, com a apresentação de notáveis companhias líricas e de operetas italianas. Era o Teatro Variedades.
A pequena cidade da Zona da Mata Mineira começa a crescer e o Perseverança não mais consegue atender às necessidades. Resolve-se, então, construir uma casa de espetáculos grande e moderna. Nos últimos dias do Império, inaugura-se o Teatro Juiz de Fora ou Novelli, de propriedade de Alfredo Ferreira Lage. Com programação teatral variada, incluindo artistas locais e de outras localidades, Juiz de Fora passa a ser o grande centro cultural da época. Porém, a notícia de que o Novelli seria demolido por falta de condições de segurança e conforto, abala a população. Juiz de Fora, que já era um pólo industrial e um centro de cultura, ficaria sem teatro.A necessidade de um teatro era tamanha que, por iniciativa do coronel Jeremias Garcia, foi construído vasto edifício, todo de madeira, na esquina da rua São João com a av. Quinze de Novembro ( Getulio Vargas ), o qual fez época em Juiz de Fora, com a apresentação de notáveis companhias líricas e de operetas italianas. Era o Teatro Variedades.
Ainda estava de pé este teatro, quando se constituiu, em 18 de maio de 1927, a Companhia Central de Diversões, cujo escopo era explorar o negócio de diversões em todo o Estado e construir em Juiz de Fora um grande teatro. Pantaleone Arcuri colocou-se entre os que achavam à frente dessa iniciativa, cabendo-lhe um dos lugares de diretor da empresa, ao lado de Diogo Rocha, Antonio Químico Correa e Francisco Valadares e de Gomes Nogueira, que mantinha em Belo Horizonte dois ou três cinemas.
Foi assim que, no mesmo lugar do antigo e sempre lembrado Polyteama, começa a ser construído em 1928, o Cine-Theatro Central, com o objetivo de ser uma casa de espetáculos à altura do município. Aqui tem início a origem do maior símbolo histórico, cultural e artístico de Juiz de Fora.
O Central surge numa época em que Juiz de Fora despontava como pólo industrial da Zona da Mata Mineira, município de comércio importante e politicamente influente. A cidade estava crescendo, tanto em termos demográficos como fisicamente. Prédios novos estavam sendo construídos, como o do Banco do Crédito Real (1929), a sede da Cia Pantaleone Arcuri (1923 a 1927), o Palace Hotel e a Escola Normal (1930), representantes do início da industrialização brasileira.
A Companhia Central de Diversões é nomeada como responsável pelo trabalho de construção do novo espaço cultural da cidade. A empresa iria implantar uma rede de cinemas, constituída pelo Cine-TheatroCentral, Cine Palace, Rex e São Mateus. O projeto de edificação da nova casa de espetáculos foi executado pela Cia Industrial e Construtora Pantaleone Arcuri. O arquiteto Raphael Arcuri assinou a planta arquitetônica do novo teatro: suntuoso, confortável, acústica perfeita, belo, um exemplo de integração entre arquitetura e artes plásticas, com um amplo e arrojado vão de estrutura metálica, sustentado sem pilares era também o edifício mais alto da cidade. Este vão de estrutura metálica, sustentado sem pilares, deixa de ser mera estrutura para se transformar em objeto estético, sob a ação dos pincéis de Ângelo Bigi, pois a boca de cena e a decoração interna foram feitas pelo pintor.
O pintor Ângelo Bigi conceituou com precisão a data de inauguração do Cine Theatro Central. "Foi um dia emocionante", dizia ele. A cerimônia, de 30 de março de 1929, contou inclusive com a presença do Presidente do Estado, doutor Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, além de outras autoridades locais e região. A sessão inaugural trouxe, logo na abertura, "Universal Jornal", seguido pelo drama, em oito atos, de "Esposa Alheia". Uma orquestra foi organizada especialmente para os espetáculos do novo cine-teatro. A orquestra dirigida pelo maestro Duque Bicalho, foi formada pelos seguintes músicos: Domingos Rufulo, violino;Ignacy Ryzowsky, violoncelo; José Victor, contrabaixo; Leonardo Oberg, flauta; Luiz Loreto, clarinete;Lucas Tavares de Lacerda, piston; Daniel, saxofone e João Rufulo, bateria.
A Companhia Central de Diversões é nomeada como responsável pelo trabalho de construção do novo espaço cultural da cidade. A empresa iria implantar uma rede de cinemas, constituída pelo Cine-TheatroCentral, Cine Palace, Rex e São Mateus. O projeto de edificação da nova casa de espetáculos foi executado pela Cia Industrial e Construtora Pantaleone Arcuri. O arquiteto Raphael Arcuri assinou a planta arquitetônica do novo teatro: suntuoso, confortável, acústica perfeita, belo, um exemplo de integração entre arquitetura e artes plásticas, com um amplo e arrojado vão de estrutura metálica, sustentado sem pilares era também o edifício mais alto da cidade. Este vão de estrutura metálica, sustentado sem pilares, deixa de ser mera estrutura para se transformar em objeto estético, sob a ação dos pincéis de Ângelo Bigi, pois a boca de cena e a decoração interna foram feitas pelo pintor.
O pintor Ângelo Bigi conceituou com precisão a data de inauguração do Cine Theatro Central. "Foi um dia emocionante", dizia ele. A cerimônia, de 30 de março de 1929, contou inclusive com a presença do Presidente do Estado, doutor Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, além de outras autoridades locais e região. A sessão inaugural trouxe, logo na abertura, "Universal Jornal", seguido pelo drama, em oito atos, de "Esposa Alheia". Uma orquestra foi organizada especialmente para os espetáculos do novo cine-teatro. A orquestra dirigida pelo maestro Duque Bicalho, foi formada pelos seguintes músicos: Domingos Rufulo, violino;Ignacy Ryzowsky, violoncelo; José Victor, contrabaixo; Leonardo Oberg, flauta; Luiz Loreto, clarinete;Lucas Tavares de Lacerda, piston; Daniel, saxofone e João Rufulo, bateria.
A iluminação do espaço ficou a cargo de "A Radial", empresa da cidade de propriedade dos engenheiros F. Sangiori & Oliveira. O projeto previa uma profusão de luz em todos os compartimentos do teatro, como era possível de se perceber também na entrada da rua Halfeld naquela época. A iluminação, da maneira como foi projetada, ressaltava as cores da pintura de Bigi, além de proporcionar uma visão da delicadeza dos tons, em algumas partes do trabalho do artista.
A obra assumiu importante papel ao inserir Juiz de Fora no corredor cultural do eixo RJ-SP-BH, especialmente durante os anos 30 e 40, quando foi o palco de grandes produções nacionais e estrangeiras, com a apresentação de destacadas companhias teatrais e líricas da época.
De meados de 50 ao início dos anos 70, o Central foi cenário dos concertos líricos, das peças teatrais, dos shows nacionais e internacionais.
A obra assumiu importante papel ao inserir Juiz de Fora no corredor cultural do eixo RJ-SP-BH, especialmente durante os anos 30 e 40, quando foi o palco de grandes produções nacionais e estrangeiras, com a apresentação de destacadas companhias teatrais e líricas da época.
De meados de 50 ao início dos anos 70, o Central foi cenário dos concertos líricos, das peças teatrais, dos shows nacionais e internacionais.
Só em 1983, ou seja, mais de 50 anos depois, é que o espaço foi tombado como patrimônio histórico. Em 1994, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu o valor do teatro. Durante sua restauração, o instituto acompanhou as obras.
Embora tenha sido tombado em 1983, foi só em 1994 que o Central foi restaurado. Nesta época, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) adquiriu o teatro com recursos do Ministério da Educação. A partir daí, o Central passou a ser gerenciado pela UFJF e pela Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, que providenciaram a restauração do templo cultural da cidade. Atualmente, a administração é de inteira responsabilidade da UFJF.
Os trabalhos de restauração começaram no final de janeiro de 1996, durando oito meses e dez dias. A empresa Espaço – Tempo, especializada em restauração de bens culturais, foi a responsável pela execução do trabalho. Quatro restauradores profissionais foram contratados para coordenar as células de trabalho, formadas por estudantes dos cursos de Artes e Arquitetura e Urbanismo da UFJF. As pinturas do forro estavam descascando e continham grande quantidade de fungos e sais. Além disso, haviam manchas causadas pela inflitração da chuva e as paredes estavam estragadas. Os restauradores tiveram que remover quilômetros de pintura. Ao todo, foram mais de 3 mil metros quadrados de pintura decorativa.
No dia 14 de novembro de 1996, Juiz de Fora teve o privilégio de receber, de volta, o Cine Theatro Central. Desde então, o espaço é palco para diversas manifestações artísticas da cidade.
Em 2004, o Cine-Theatro Central fez os seus 75 anos com grande festa.
Em 2004, o Cine-Theatro Central fez os seus 75 anos com grande festa.