quarta-feira, 10 de março de 2010

Cinema do Alameda volta a funcionar até final deste mês

Fechadas desde agosto, quando o grupo Moviecom encerrou as atividades em Juiz de Fora, as cinco salas de cinema do Alameda, com capacidade para 900 lugares no total, voltarão a funcionar até o final de janeiro. Com o nome Espaço Alameda de Cinema, o multiplex volta ao mercado com novos equipamentos e instalações reformadas. Assumindo a direção, o Grupo Espaço - responsável por 74 salas em oito estados do país - promete uma nova proposta de gestão, contemplando simultaneamente filmes alternativos e comerciais. A operadora, que tem sede em São Paulo, já atua na cidade há dez anos, à frente do Cinearte Palace.

O diretor do Grupo Espaço Adhemar Oliveira garante que o empreendimento é comercialmente promissor, apesar da concorrência no ramo. “Há um público que já estava acostumado a frequentar o cinema no local, porque mora nas proximidades ou gosta do conforto que o lugar oferece. Por outro lado, temos um centro comercial que precisa do cinema para se completar”, explica. Demonstrando entusiasmo com a nova fase, a direção do Alameda comemora a chegada da nova administradora. “Encontramos um grande parceiro, disposto a apostar em um lugar de boa aceitação e com possibilidades futuras de crescimento”, comenta o gerente do mall, Ricardo Derze.
Apesar das obras no local estarem em estágio avançado, a direção do Espaço Alameda de Cinema preferiu não fixar uma data de inauguração, na intenção de evitar adiamentos em caso de atraso nos preparativos. Adhemar garante, entretanto, que até o final deste mês os espectadores poderão usufruir das novas instalações. Para o cinema abrir as portas, faltam detalhes de acabamento, como a instalação das luzes de piso, além de ajustes nos sistemas de som e projeção.
A estrutura física das salas, entretanto, não foi modificada. De acordo com Ricardo Derze, o investimento não se justificaria, já que o grupo estuda a possibilidade de ampliar a área ocupada pelo mall. Nesse caso, outro local do complexo seria destinado à construção de novas salas de cinema.

Promessa de novidades
Mesmo sem divulgar informações sobre preço dos ingressos e sessões promocionais, Adhemar Oliveira garante que haverá novidades, incluindo a possibilidade de horários alternativos. O grupo, aliás, discute com a administração do Alameda a viabilidade dos chamados noitões, maratonas noturnas de cinema com direito a café da manhã no fim da última sessão.

Em relação à venda de ingressos, serão mantidas as compras antecipadas via internet. O sistema on-line funcionará em parceria com o site www.ingresso.com, que atende diversos exibidores no país. Já para tentar solucionar a dificuldade de estacionamento nos arredores do Alameda, Ricardo Derze anuncia tarifa promocional para os usuários do cinema, ao preço de R$ 3 por quatro horas.

Programação mista
Para resistir à concorrência das outras salas em operação na cidade, o Grupo Espaço aposta na diversificação da programação, abrindo um leque de opções que vai atender simultaneamente o circuito comercial e o cinema alternativo. Para tanto, as salas 1 e 2, localizadas no primeiro piso, receberão equipamentos com tecnologia digital, o que permitirá, segundo Adhemar, a exibição de alguns filmes que até então não chegavam a Juiz de Fora, como “A vida até parece uma festa”, de Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves, e o documentário argentino “O café dos maestros”, de Miguel Kohan, ambos previstos na programação de estreia.

O diretor do Grupo Espaço lembra, entretanto, que a quantidade de filmes alternativos em cartaz e o período de permanência dos títulos dependerá do público. “A programação não é jogo de uma pessoa só, é xadrez, depende do cliente”, resume.

As duas salas de maior capacidade, 4 e 5, com 250 e 220 lugares respectivamente, serão equipadas com projetores 35mm e terão programação focada nas grandes produções. Já a sala 3 receberá ambos os formatos de equipamento, podendo ser utilizada de acordo com a demanda e a oferta de títulos de cada temporada. “Estamos tentando conjugar atrações para incluir todos os tipos de preferências. Existe público para isso”, aposta Adhemar.

(Fonte: Jornal Tribuna de Minas - 21-01-2009)